A BE e as Novas Tecnologias - PLE
quarta-feira, 7 de janeiro de 2015
quinta-feira, 4 de dezembro de 2014
A transversalidade da literacia digital ao serviço das outras literacias
Apesar das TIC serem assumidas no
Currículo Nacional do Ensino Básico em Portugal como “formação
transdisciplinar”, devendo “conduzir, no âmbito da escolaridade obrigatória, a
uma certificação da aquisição de competências básicas neste domínio”
(Decreto-Lei 6/2001), não é isso que se verifica, por isso, surgem as Metas de
Aprendizagem TIC com a indicação de que os discentes deverão adquirir nessa
área ao longo do percurso escolar.
O estudo realizado para
desenvolver as “Metas de Aprendizagem” resultou numa excelente oportunidade,
para se equacionar, de uma forma sistemática, a definição do que os alunos
deverão adquirir na área das TIC ao longo e em cada uma das etapas do seu
percurso escolar.
As Metas de Aprendizagem TIC
constituem uma orientação para o desempenho profissional, quer do professor,
quer do professor bibliotecário, uma vez que apontam as áreas de competência a
atingir pelos alunos em cada ciclo. Como refere o documento "Metas de
Aprendizagem”, para o Pré-escolar, “a definição destas aprendizagens tem como
propósito último servir de orientação para educadores de infância relativamente
à seleção de estratégias de ensino e de avaliação dos resultados da
aprendizagem. Podendo ainda ser útil a pais e outros adultos com
responsabilidades na educação de crianças desta faixa etária”. O mesmo
documento acrescenta, ainda, que “importa sublinhar que as aprendizagens visadas
nesta faixa etária não são propriamente aquelas que dizem respeito ao
conhecimento sobre o funcionamento dos equipamentos, dos programas ou dos
recursos digitais. Mais do que isso, importa tirar partido do seu potencial
para proporcionar às crianças melhores e mais ricas experiências de
aprendizagem, valorizando as relações e interações que as crianças estabelecem
entre diferentes sistemas sociais com características específicas (e.g. casa,
sala de aula, rua)”. Relativamente ao 1º ciclo o documento refere
que “mais do que um currículo autónomo, a ideia nuclear é a de que estas metas
constituam o referencial a considerar por cada professor na sua área
específica, numa ótica de desenvolvimento global do aluno, permitindo-lhe
compreender em que matérias, para que fins e como será adequado e pertinente
mobilizar as TIC”. Protagoniza, ainda, a ideia de que “a operacionalização das
metas de aprendizagem na área das TIC assenta numa lógica de interação entre os
diferentes campos do conhecimento científico que compõem o Currículo (áreas
disciplinares/curriculares), em articulação estreita com as aquisições de
natureza transversal estruturantes do desenvolvimento global do indivíduo,
dando origem a uma estrutura de áreas de competência organizadas, em função da sua
especificidade”.
O mesmo documento aponta também
um conjunto de estratégias de operacionalização, atividades e tarefas
adequadas, para que os alunos, do pré-escolar, 1º, 2º e 3º ciclos, sob
orientação dos docentes, possam tirar vantagens das tecnologias digitais.
A biblioteca escolar/professor
bibliotecário são imprescindíveis neste desenvolvimento dado que a BE
proporciona ambientes formativos e de acolhimento promotores da leitura, de uma
cidadania ativa e da aprendizagem ao longo da vida. A biblioteca escolar tem um
importante papel a desempenhar na promoção e desenvolvimento de literacias que
permitirão aos alunos a integração efetiva, profícua e feliz na Sociedade da
Informação. As bibliotecas escolares, na definição/programação/planificação de
atividades com professores e alunos deverão ter sempre em consideração as Metas
de Aprendizagem TIC referentes à literacia digital para que as áreas de
competências – informação, comunicação, produção e segurança – se constituam
como pilares das restantes literacias, nomeadamente as que são definidas no
documento “Aprender com a Biblioteca Escolar”: literacia da leitura, literacia
dos media e literacia da informação.
Ao concluir o Ensino Básico, o
aluno deverá ser capaz de pesquisar, selecionar e organizar informação para a
transformar em conhecimento mobilizável e adotar estratégias adequadas à
resolução de problemas e à tomada de decisões. A biblioteca escolar é o espaço
e o recurso por excelência para a concertação de esforços na promoção e
desenvolvimento da literacia da informação, cumprindo os objetivos que estão
consignados nos documentos referenciais, nomeadamente o Manifesto da Biblioteca
Escolar (IFLA/UNESCO, 1999) e a Declaração Política da IASL sobre Bibliotecas
Escolares (IASL, 1993) e que o recente referencial emanado pela RBE vem
reforçar e orientar.
Portanto, o documento “Aprender
com a biblioteca escolar – referencial de aprendizagens associadas ao trabalho
das bibliotecas escolares na Educação Pré-escolar e no Ensino Básico” é uma
mais-valia, uma referência para o desenvolvimento de atividades com os
docentes, pois aponta para estratégias de operacionalização para cada umas das
literacias – leitura, média e informação – bem como sugere atividades a
desenvolver pelos professores de forma articulada com a biblioteca escolar. Com
efeito, reunidos no espaço da biblioteca escolar, os recursos informacionais
constituem-se como um excelente manancial para proporcionar o desenvolvimento
de conhecimentos, competências e atitudes necessários para se viver na Sociedade
da Informação, quer sejam utilizados por iniciativa dos alunos, quer por
iniciativa dos professores na preparação e implementação de atividades letivas
diversificadas, ao serviço de uma aprendizagem baseada em recursos.
O desenvolvimento de projetos
articulados entre os professores e a biblioteca escolar é a melhor forma de
articular as Metas de Aprendizagem TIC com as competências necessárias às
diferentes áreas de literacia, pois a biblioteca é o espaço privilegiado para a
agregação de diferentes saberes.
Referências Bibliográficas:
COSTA, Fernando et al. (2010). I Encontro Internacional TIC
e Educação. Inovação Curricular com TIC. Lisboa. Instituto de Educação da
Universidade de Lisboa. (931-936).
(http://aprendercom.org/miragens/wpcontent/uploads/2010/11/398.pdf)
COSTA, Fernando et al. (2010). Metas de Aprendizagem na área
das TIC. in DGIDC-ME (2010). Metas de Aprendizagem. Lisboa: DGIDC/ME.
Disponível em http://repositorio.ul.pt/handle/10451/6567
DECRETO-LEI nº 6/2001. D.R. I Série - A (2001-01-18)
258-265. [Em linha]. Disponível em http://www.gave.min-edu.pt/np3content/?newsId=31&fileName=decreto_lei_6_2001.pdf
IASL (1993). Declaração política da IASL sobre
bibliotecas escolares. [Em linha]. Disponível em http://www.oei.es/pdfs/rbe5.pdf.
IFLA/UNESCO (1999). Manifesto da Biblioteca Escolar da
IFLA/UNESCO. [Em linha]. Disponível em http://archive.ifla.org/VII/s11/pubs/portug.pdf.
FELIZARDO, Helena. (2014). As metas de aprendizagem na área
das TIC no contexto do desenvolvidas das literacias e das competências
transversais : Um referencial para as aprendizagens com TIC [Facultado pela
Docente da Disciplina, na Plataforma].
PORTUGAL. Ministério da Educação e Ciência. Gabinete da Rede
Bibliotecas Escolares: Aprender com a biblioteca escolar . Lisboa: RBE (2012)
Disponível em http://www.rbe.min-edu.pt
quinta-feira, 20 de novembro de 2014
As TIC no currículo - potencialidades e constrangimentos
A partir da leitura da bibliografia disponibilizada e das referências ao uso das tecnologias
se encontram no programa da disciplina que leciona, reflita sobre os fatores que mais
determinam positivamente ou negativamente a integração curricular das TIC.
Apresente o resultado da sua reflexão através de um mapa concetual elaborado no Popplet.
terça-feira, 4 de novembro de 2014
GLOSTER EDU BASI
Esta ferramenta apresenta muitas vantagens e algumas desvantagens.
Entre as vantagens destaca-se o facto de o
Glogster EDU Basic:
- ser gratuito;
- ser
uma ferramenta de fácil manuseamento, o que motiva os alunos para o uso das
TIC;
- contribuir
para o desenvolvimento de literacias da informação (mediáticas e de leitura);
-
permitir o desenvolvimento da criatividade;
-
estimular a interação e o trabalho cooperativo e colaborativo;
-
possibilitar a partilhar do URL do glog e a sua inserção num
site e/ou num blog.
Como aspetos negativos,
salienta-se o facto de:
- o Glogster EDU Basic não
reconhecer alguns grafemas do português, podendo comprometer a correção de
textos, legendas, etc., o que inibe o seu uso no mundo lusófono;
- o conteúdo dos cartazes poder ser obnubilado em
favor da exuberância da sua forma, isto é, a multiplicidade de itens que é
possível introduzir é tanta que se pode gerar um certo “ruído” visual nos
trabalhos dos alunos e o conteúdo informativo do glog ser pouco
claro;
- a versão Premium, com mais funcionalidades /
potencialidades, ser paga.
terça-feira, 21 de outubro de 2014
Implicações da Web 2.0 para as Bibliotecas Escolares
Cada vez
mais se pretende que uma Biblioteca Escolar esteja sempre ao serviço da
comunidade que procura inovar e acompanhar as mudanças da Escola do século XXI;
uma Biblioteca que envolva os seus alunos na construção do seu próprio saber;
uma Biblioteca que leve os seus recursos além das quatro paredes e se torne uma
referência em contexto de sala de aula, estudo autónomo e ocupação dos tempos
livres; uma Biblioteca que convide os seus utilizadores a dar um feedback e
avaliação constante, de forma a melhorar cada vez mais os serviços que oferece;
uma BE que saiba dar resposta às exigências de uma nova Era. Os desafios com
que nos deparamos diariamente são muitos e cada vez mais diversificadas, “Ensinar não é mais transmitir conhecimentos. O professor perde o monopólio do saber, pois não detém mais todas as informações e
o aluno deixa sua
posição passiva de
aprendiz, onde somente acumulava informações, na maioria das situações sem compreensão e contextualização com a realidade. Ele passa a ter o papel de consultor da
aprendizagem, no
sentido de abrir caminhos ao
conhecimento, visando preparar o
educando para o
confronto com novos problemas, exercitar
a ousadia da curiosidade e incentivar o
espírito criativo e crítico
das crianças e
jovens (Tedesco, 2006) .”
Segundo Tim O’Reilly, a “Web 2.0 é a mudança para uma
internet como plataforma, e um entendimento das regras para obter sucesso nesta
nova plataforma. Entre outras, a regra mais importante é desenvolver
aplicativos que aproveitem os efeitos de rede para se tornarem melhores quanto
mais são usados pelas pessoas, aproveitando a inteligência colectiva.” “Pode‐se visualizar a Web 2.0 como um conjunto
de princípios e práticas que interligam uma rede de sítios e serviços com os
quais os utilizadores interagem e aos quais acrescentam valor. Se antes a web
era estruturada por meio de sítios que disponibilizavam conteúdo on‐line, de
maneira estática, sem oferecer a possibilidade de interação aos internautas,
agora é possível criar uma conexão por meio das comunidades de utilizadores com
interesses em comum. Muitos destes sítios tornaram‐se verdadeiros aplicativos (ex. Google,
que disponibiliza processador de texto, gestor de correio, folha de cálculo,
apresentação eletrónica, agenda, agregador de conteúdos, etc.). As suas
funcionalidades, a maioria das quais de acesso gratuito e “user friendly”,
possuem a sofisticação de softwares que antes apenas tínhamos no disco rígido
do computador. Na base da Web 2.0 está a participação dos utilizadores: eles
acrescentam valor à rede, o serviço melhora quanto mais pessoas o usam,
qualquer utilizador pode criar conteúdos e avaliar os que encontra (ratting)” (O'Reilly,
2005) .
As bibliotecas devem ser inclusivas e proporcionar
programas de formação e aprendizagem que, entre outros aspetos, contribuem para
melhorar as condições de acesso e uso dos serviços de informação na era
digital, assim como, no cumprimento da sua missão impulsionem a infoinclusão
tecnológica.
ibliográfia
Bibliografia
Furtado, C. C. (2009). Bibliotecas escolares e web 2.0: revisão da literatura sobre Brasil e Portugal. Em Questão,v.15, n.ᵒ 2, Porto Alegre, pp. 135-150.
Maness, J. M. (2007). Teoria da biblioteca 2.0: as suas implicações para as bibliotecas. Informação & Sociedade: Estudos, v.17, n. ᵒ1, pp. 43-51.
O’Reilly, T. (2005) What is web 2.0 [On-line]. Retirado de http://oreilly.com/pub/a/web2/archive/what-is-web-20.html?page=1 Acesso em: 20 out. 2014
Tedesco, J. (2006). Educar na sociedade do
conhecimento. JMEditora.
quarta-feira, 8 de outubro de 2014
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