Cada vez
mais se pretende que uma Biblioteca Escolar esteja sempre ao serviço da
comunidade que procura inovar e acompanhar as mudanças da Escola do século XXI;
uma Biblioteca que envolva os seus alunos na construção do seu próprio saber;
uma Biblioteca que leve os seus recursos além das quatro paredes e se torne uma
referência em contexto de sala de aula, estudo autónomo e ocupação dos tempos
livres; uma Biblioteca que convide os seus utilizadores a dar um feedback e
avaliação constante, de forma a melhorar cada vez mais os serviços que oferece;
uma BE que saiba dar resposta às exigências de uma nova Era. Os desafios com
que nos deparamos diariamente são muitos e cada vez mais diversificadas, “Ensinar não é mais transmitir conhecimentos. O professor perde o monopólio do saber, pois não detém mais todas as informações e
o aluno deixa sua
posição passiva de
aprendiz, onde somente acumulava informações, na maioria das situações sem compreensão e contextualização com a realidade. Ele passa a ter o papel de consultor da
aprendizagem, no
sentido de abrir caminhos ao
conhecimento, visando preparar o
educando para o
confronto com novos problemas, exercitar
a ousadia da curiosidade e incentivar o
espírito criativo e crítico
das crianças e
jovens (Tedesco, 2006) .”
Segundo Tim O’Reilly, a “Web 2.0 é a mudança para uma
internet como plataforma, e um entendimento das regras para obter sucesso nesta
nova plataforma. Entre outras, a regra mais importante é desenvolver
aplicativos que aproveitem os efeitos de rede para se tornarem melhores quanto
mais são usados pelas pessoas, aproveitando a inteligência colectiva.” “Pode‐se visualizar a Web 2.0 como um conjunto
de princípios e práticas que interligam uma rede de sítios e serviços com os
quais os utilizadores interagem e aos quais acrescentam valor. Se antes a web
era estruturada por meio de sítios que disponibilizavam conteúdo on‐line, de
maneira estática, sem oferecer a possibilidade de interação aos internautas,
agora é possível criar uma conexão por meio das comunidades de utilizadores com
interesses em comum. Muitos destes sítios tornaram‐se verdadeiros aplicativos (ex. Google,
que disponibiliza processador de texto, gestor de correio, folha de cálculo,
apresentação eletrónica, agenda, agregador de conteúdos, etc.). As suas
funcionalidades, a maioria das quais de acesso gratuito e “user friendly”,
possuem a sofisticação de softwares que antes apenas tínhamos no disco rígido
do computador. Na base da Web 2.0 está a participação dos utilizadores: eles
acrescentam valor à rede, o serviço melhora quanto mais pessoas o usam,
qualquer utilizador pode criar conteúdos e avaliar os que encontra (ratting)” (O'Reilly,
2005) .
As bibliotecas devem ser inclusivas e proporcionar
programas de formação e aprendizagem que, entre outros aspetos, contribuem para
melhorar as condições de acesso e uso dos serviços de informação na era
digital, assim como, no cumprimento da sua missão impulsionem a infoinclusão
tecnológica.
ibliográfia
Bibliografia
Furtado, C. C. (2009). Bibliotecas escolares e web 2.0: revisão da literatura sobre Brasil e Portugal. Em Questão,v.15, n.ᵒ 2, Porto Alegre, pp. 135-150.
Maness, J. M. (2007). Teoria da biblioteca 2.0: as suas implicações para as bibliotecas. Informação & Sociedade: Estudos, v.17, n. ᵒ1, pp. 43-51.
O’Reilly, T. (2005) What is web 2.0 [On-line]. Retirado de http://oreilly.com/pub/a/web2/archive/what-is-web-20.html?page=1 Acesso em: 20 out. 2014
Tedesco, J. (2006). Educar na sociedade do
conhecimento. JMEditora.