terça-feira, 21 de outubro de 2014

Implicações da Web 2.0 para as Bibliotecas Escolares




 Cada vez mais se pretende que uma Biblioteca Escolar esteja sempre ao serviço da comunidade que procura inovar e acompanhar as mudanças da Escola do século XXI; uma Biblioteca que envolva os seus alunos na construção do seu próprio saber; uma Biblioteca que leve os seus recursos além das quatro paredes e se torne uma referência em contexto de sala de aula, estudo autónomo e ocupação dos tempos livres; uma Biblioteca que convide os seus utilizadores a dar um feedback e avaliação constante, de forma a melhorar cada vez mais os serviços que oferece; uma BE que saiba dar resposta às exigências de uma nova Era. Os desafios com que nos deparamos diariamente são muitos e cada vez mais diversificadas, “Ensinar o é mais transmitir conhecimentos. O professor perde o monopólio do saber, pois não detém mais todas as informações e o aluno deixa sua posição passiva de aprendiz, onde somente acumulava informações, na maioria das situações sem compreensão e contextualização com a realidade. Ele passa a ter o papel de consultor da aprendizagem, no sentido de abrir caminhos ao conhecimento, visando preparar o educando para o confronto com novos problemas, exercitar a ousadia da curiosidade e incentivar o espírito criativo e crítico das crianças e jovens (Tedesco, 2006).”
Segundo Tim O’Reilly, a “Web 2.0 é a mudança para uma internet como plataforma, e um entendimento das regras para obter sucesso nesta nova plataforma. Entre outras, a regra mais importante é desenvolver aplicativos que aproveitem os efeitos de rede para se tornarem melhores quanto mais são usados pelas pessoas, aproveitando a inteligência colectiva.” “Podese visualizar a Web 2.0 como um conjunto de princípios e práticas que interligam uma rede de sítios e serviços com os quais os utilizadores interagem e aos quais acrescentam valor. Se antes a web era estruturada por meio de sítios que disponibilizavam conteúdo online, de maneira estática, sem oferecer a possibilidade de interação aos internautas, agora é possível criar uma conexão por meio das comunidades de utilizadores com interesses em comum. Muitos destes sítios tornaramse verdadeiros aplicativos (ex. Google, que disponibiliza processador de texto, gestor de correio, folha de cálculo, apresentação eletrónica, agenda, agregador de conteúdos, etc.). As suas funcionalidades, a maioria das quais de acesso gratuito e “user friendly”, possuem a sofisticação de softwares que antes apenas tínhamos no disco rígido do computador. Na base da Web 2.0 está a participação dos utilizadores: eles acrescentam valor à rede, o serviço melhora quanto mais pessoas o usam, qualquer utilizador pode criar conteúdos e avaliar os que encontra (ratting)” (O'Reilly, 2005).
As bibliotecas devem ser inclusivas e proporcionar programas de formação e aprendizagem que, entre outros aspetos, contribuem para melhorar as condições de acesso e uso dos serviços de informação na era digital, assim como, no cumprimento da sua missão impulsionem a infoinclusão tecnológica.

ibliográfia
Bibliografia
Furtado, C. C. (2009). Bibliotecas escolares e web 2.0: revisão da literatura sobre Brasil e Portugal. Em Questão,v.15, n.ᵒ 2, Porto Alegre, pp. 135-150.
Maness, J. M. (2007). Teoria da biblioteca 2.0: as suas implicações para as bibliotecas. Informação & Sociedade: Estudos, v.17, n. ᵒ1, pp. 43-51.
O’Reilly, T. (2005) What is web 2.0 [On-line]. Retirado de http://oreilly.com/pub/a/web2/archive/what-is-web-20.html?page=1 Acesso em: 20 out. 2014
Tedesco, J. (2006). Educar na sociedade do conhecimento. JMEditora.